terça-feira, 8 de junho de 2010

Curitibanos, Cidade maravilhosa


 Professor João Carlos Martins
No dia 11 de junho, Curitibanos completará 141 anos de sua criação e certamente muito temos a comemorar. Temos com certeza uma história de lutas por justiça e liberdade, considerando as revoltas e movimentos sociais a exemplo da Farroupilha, a Federalista, o Contestado e por ai a fora. Porém obscuras ou lentas são as conquista, pois desde sua emancipação, fundação Curitibanos, a exemplo de outros municípios do planalto serrano se constitui terra de poucos; talvez por conta da política oligárquica que em parceria com o capital estrangeiro dividiu terras e o poder com os grandes proprietários, contribuindo para com a grilagem das terras, a concentração das riquezas e dos meios de produção nas mãos dos coronéis os quais usufruindo da politicagem em detrimento da política pública e social relegou ao povo a submissão, a ignorância e a miséria e conseqüentemente promoveu o surgimento de uma massa de sem terras, sem tetos, sem trabalhos, sem educação, sem dignidade – Os Excluídos – o que influenciou para que Curitibanos seja uns dos municípios mais pobres e desiguais da região serrana. E sob a égide da cultura coronelista, patrimonialista os mais abastados se revezam no poder e, a brava gente acaba por assimilar que tudo inclusive ele (o sujeito) é propriedade do “sinhô”. Mas no crepúsculo levanta-se o caboclo que almeja por ser livre e pela liberdade impõe a própria vida fazendo desta terra o berço da luta sertaneja contra a exploração e a opressão.
Hoje passados 141 anos, com eles e apesar deles (os donos de tudo) nós (eu e você) estamos prestes a vivenciar uma aurora de esplendor e glorias no cenário curitibanense. Estamos enaltecidos com as pujantes obras destinadas a Curitibanos (UFSC. CEDUP...) certamente frutos de conquistas da sociedade organizada, dos movimentos sociais, mas também e, sobretudo em função da mudança de postura na política nacional.
Por aqui fica a certeza de que podemos ser donos da nossa história e que podemos e devemos mudar a postura diante da política, da educação e da organização social, pois ainda ha esperança que deixaremos de ser analfabetos políticos quando não vendermos nem trocarmos o voto, quando o aluno deixar de ser mero copiador e se tornar um estudante produtivo e crítico; o professor tornar-se de fato um mediador do saber, quando na sociedade os líderes buscarem apenas o bem comum e o cidadão torne-se atuante, pois sem participação não há mudanças, não há democracia; sem democracia não temos como reivindicar os direitos sem direito não há cidadania e por aí vai...
Portanto temos que deixar de ser submisso acomodado e defender nosso quinhão, nosso projeto de sociedade; pois ainda temos muitos sujeitos defendendo, brigando pelo projeto do sinhô e deixando de lado o projeto dos trabalhadores, do bem comum e aí, não adianta reclamar das ruas esburacadas, da falta de emprego, da filha do SUS, da má qualidade do ensino, do desrespeito com o cidadão...
Curitibanos, merece sua dedicação e colaboração. Faça sua parte valorize sua terra sua gente. E siga enfrente, seja feliz.

Um abraço.