sexta-feira, 20 de maio de 2011

EXPOCENTRO: VIVA OU DEIXE MORRER!

            Queridos e queridas, passada mais uma orgia com o dinheiro público, voltamos à normalidade dos afazeres e responsabilidades diárias. Filhos e filhas a nossa querida expocentro caminha para a extinção. Não acreditam? Explico-lhes então... Com 21 aninhos e cara de uma velha de 80 e que infelizmente não passou por plásticas, aplicações de botox e lipoaspirações ao longo desse tempo e hoje está sem graça e sem algo diferente para que as pessoas se encantem por ela.
            Todos sabem e isso não é segredo para ninguém que a festinha não dá lucro, ao menos para a cidade, quem sabe para alguns pode dar? Nessa Expocentro como em outras vi coisas do arco da velha. Vi malandrões vendendo bebida alcoólica e sem o menor pudor para crianças e adolescentes, vi carinhas negociando CDs piratas, vi a orgia da credencial, onde a fila da credencial era maior que a fila dos pagantes. Aí lhes pergunto filhos e filhas como uma festa nesses moldes pode gerar lucro ao município? Sempre vejo ou ouço notícias sobre festas, exposições em outras cidades e que geram renda ao município, contudo bem gerenciadas e administradas com prioridade de benfeitorias aos moradores dessas cidades e região.
            O Problema é que em Curitibanos a festa nos primeiros anos, década de 90 foi construída sobre a amostra do que nós produzíamos na época, que era o alho. Aliás, uma exposição é dessa forma, nesse modelo. Pergunto-lhes, o que Curitibanos produz hoje?
            Obviamente que pouca coisa nós produzimos. Não somos mais pioneiros em um segmento como, por exemplo, Caxias do Sul com a uva, Xanxerê com o milho, São Joaquim com a maça, Itajaí com a Marejada, Brusque com a Festa do Marreco e por aí vai.
            Nesse momento a Expocentro não traz nada para a cidade, não significa nada. Mas ano que vem tem eleições, ai acho que até o Michael virá para festa, sim o Jackson, putz, o cara já morreu. Quem sabe então a Amy Winehouse, essa é bem a cara de Curitibanos, um exemplo...  Meus filhos como sou o Mestre dos Magos, digo: A Expocentro deve ser feita de dois em dois anos, entretanto deve ser uma exposição cultural, porque se é exposição não pode ser cobrada, deve ser de livre acesso ao povo. Deve ter shows culturais e para todos os gostos e afinidades. Um show gospel para os evangélicos, quem sabe trazer a história da cidade, o Contestado contada em peça teatral como acontece com a encenação da paixão de Cristo na Páscoa entre outras ideias.
Sobre a comida da festa não posso nem comentar. Coisa triste meus amiguinhos. Tinha uma barraca daquelas que tava com um pernil de porco na quinta; era domingo e o pernil estava lá ainda quase do mesmo jeito, aliás, tinha umas bironhas meio esverdeadas e brilhantes, os bichos eram grandes, e a galera da barraca lutando contra os insetos, tive de dar risada.
            Onde estavam os órgãos de defesa do consumidor nesse momento? Com certeza em mais uma orgia. Sei que estão se coçando para perguntar. Marquinhos se você está falando mal da festa, como sabe que o pernil que estava na quinta era o mesmo do domingo? Filhos eu tive de trabalhar lá na festinha. Lembram, eu trabalho.
O parquinho como sempre uma irregularidade só. São os caras que mais levam dinheiro do município. Com relação aos boxes da indústria e comercio, totalmente sem lógica. Não havia pessoas de curitibanos expondo, lojas, comércio, etc. Assim como as barracas de lanches, a indústria e comércio eram quase todos de fora da cidade. Resumindo, se houve vendas, o dinheiro foi para outras cidades.
O Mulita tem outras idéias, deviam escutá-lo.

MARCOS RIBEIRO CHAVES CONSELHEIRO TUTELAR PROFESSOR

quarta-feira, 18 de maio de 2011

UMA QUESTÃO DE ORDEM! - REFORMA POLÍTICA

Na agenda das mudanças estruturais para o Brasil melhorar, por uma questão de ordem, urge a necessidade de se fazer a primeira de todas as reformas, a Reforma Política para avançar no aperfeiçoamento da Democracia. Há que se fazer uma reforma política, sem casuísmos e projetar o novo modelo, construído democraticamente debatendo com a sociedade, para começar a vigorar daqui a oito ou dez anos, sem as pretensões pessoais dos legisladores que farão a reforma. A atual legislação eleitoral tem demonstrado diversas deficiências, inclusive com a impunidade dos crimes eleitorais cometidos. Há diversas propostas apresentadas sem avanços e que precisam ser retomadas, como: A cláusula de barreiras, visando reduzir o número de partidos e eliminando os “partidos de aluguel”; A verticalização para uniformizar as alianças no país todo; O fortalecimento dos Partidos Políticos; O financiamento público das campanhas eleitorais; A proibição das coligações para eleições proporcionais; Restrição ou não, na divulgação das pesquisas eleitorais; Modificações no horário eleitoral gratuito; Fidelidade partidária; Voto distrital puro ou misto; Lista de candidatos por partidos com prévias internas; A escolha dos suplentes de Senadores; Voto facultativo, ou obrigatório; Ficha Limpa para se candidatar; Desproporcionalidade da representação nas Câmaras legislativas; Unificação das eleições e mandatos; Duração de mandato; Recadastramento do eleitor com documento único e foto; Urna Eletrônica biométrica; O instituto da reeleição; A manipulação midiática; A imprensa como Partido Político; Sistema Parlamentarista, etc. A cada questão destas é exigida um amplo debate e terá que ser feita de forma desapaixonada e projetada à longo prazo. Diante de todos os temas apresentados para a reforma política, o mais importante de todos a considerar, é a inversão dos valores democráticos que se construiu no Brasil, dando espaço para a formação de um sistema PLUTOCRÁTICO. A plutocracia é o sistema de governo que chega ao poder, somente quem tem dinheiro. É o governo dos ricos. Hoje no Brasil para se eleger a qualquer cargo eletivo, desde vereador a Presidente da República, é necessário muito dinheiro, proporcionalmente ao cargo que se disputa, além da cultura da compra de votos que precisa ser extirpada da política brasileira. A célula da corrupção começa com o financiamento da eleição. Todos os demais temas passam a ser secundários e de fácil adaptação. Para acabar ou diminuir ao máximo a corrupção neste país, o primeiro passo é instituir o financiamento público das campanhas eleitorais e limitar a forma da gastança, restringir ou proibir a doação de empresas ou pessoas, que tem interesse em negociar com os governos. Caso contrário, só se elege quem já tem mandato e utiliza a estrutura pública para seu benefício, é rico e tem muito dinheiro, ou tem que se comprometer com os financiadores que depois querem o retorno do dinheiro investido, através da manutenção e alterações de Leis a seu favor, execução de políticas públicas que são do interesse do capital. Ai começa a corrupção nas esferas governamentais que atinge todos os partidos indistintamente. É a mistura do interesse Público x Privado. Neste caso, a democracia é falaciosa e excludente, nem todos podem participar do processo das escolhas e decisões, de forma democrática, com debate de idéias e com o fortalecimento dos partidos, imperando a PLUTOCRACIA.
Aldo Dolberth