Escrevo sobre vários assuntos.
Qualquer um dos leitores deste periódico, que lê meus escritos deve ter notado
essa minha característica. Deveria me ater mais à economia e à área da minha
graduação. Entretanto, não tenho uma tendência específica, como tema principal
dos meus artigos. Gosto de escrever sobre economia, finanças, história, e às
vezes, dar alguns “pitacos” em
assuntos de interesse geral. Não gosto e nem me sinto bem em criticar. Mas
geralmente, quando o faço, logo em seguida, aponto uma possível solução ou uma
sugestão para a crítica. Não escrevo apenas críticas, gosto de elogiar também,
quando percebo que a ocasião é pertinente. E hoje é pertinente criticar e
elogiar.
Já se passaram oito meses,
estamos entrando no nono, desde que a nova administração assumiu a prefeitura municipal
da cidade de Curitibanos. Para alguns, o tempo ainda é pequeno para uma
avaliação de resultados. Para outros, e eu me incluo nestes, com nove meses de
administração, já poderia ser feito uma “revolução”, em termos administrativos,
em qualquer organização privada ou pública. Porque será que não percebemos isso
ainda? Simples! Essa é uma administração política e não técnica como
imaginávamos incialmente. Nesse sistema moroso, os novos secretários e
diretores precisaram de adaptação. Ou seja, trocaram-se os gestores, mas os
processos permaneceram os mesmos da gestão anterior.
Com tudo isso, neste período de
nove meses, alguns resultados positivos foram motivo de destaque. Como por exemplo,
a aquisição direta ou indireta (através de emendas parlamentares), de
maquinário e veículos para algumas Secretarias municipais. A reformulação do
trânsito é algo louvável e merece a atenção necessária. Se ficar boa,
certamente elogios serão distribuídos. O aproveitamento das antigas lajotas, retiradas
na administração anterior da Avenida Salomão Carneiro de Almeida, como
pavimentação em ruas do bairro Nossa Senhora Aparecida, foi uma boa ideia com
certeza. É melhor elas estarem dispostas nas ruas e não num monte de entulhos
próximo ao parque Pouso do Tropeiro.
Uma característica me deixa
preocupado nessa administração, é justamente a coalizão existente desde antes
de se lograr êxito nas urnas. Essa aliança tática entre os partidos políticos
de Curitibanos, leva todos a remarem para um mesmo lado, não deixando muita margem
para a pequena oposição restante. Isso, de certa forma, não é muito bom, a não
ser que este objetivo, que os remadores estejam depositando suas energias, seja
o “bem estar” geral do povo curitibanense. O que ainda não ficou evidenciado
nestes quase nove meses de administração.
Vejamos se estou errado: Fui
certo dia destes, no posto de saúde central, atrás do prédio da Prefeitura
Municipal, para marcar uma consulta médica e ver “in loco”, como funciona o novo sistema, sem as famosas “filas da
madrugada”. Lá me disseram, que as filas persistem, que nunca acabaram, e que
somente tinha mudado de horário o atendimento médico. Agora, um cidadão doente
deve ir, em alguns dias, de madrugada mesmo, para conseguir marcar uma consulta
à partir das 13 horas. As consultas geralmente são para o dia seguinte ou
posterior. As mudanças foram ínfimas no setor de saúde, inclusive com
reclamação acentuada de falta de medicamentos básicos e fundamentais, há alguns
meses.
Voltando sobre o assunto ruas de
Curitibanos (Não sei porque, mas é um dos assuntos que me chama mais atenção).
As ruas estão um caos. Praticamente todas elas. Sem medo de errar! Não há uma
única via ou logradouro nessa cidade, que não tenha um problema (buracos, nivelamento,
escoamento de águas pluviais, entre outros). Entendo perfeitamente que não é
fácil a manutenção, mas não é impossível de executá-la. A manutenção sempre
deve ser sempre preventiva e nunca curativa.
Tenho certeza de que muitos
curitibanenses somam-se, como eu, às mesmas observações. Desejamos entretanto, que
o prefeito municipal consiga lograr êxito, conforme as promessas feitas em
campanha, da qual eu também fiz parte. Os resultados aparecerão tão
rapidamente, quando a política ficar em segundo lugar e a capacidade técnica
for a que prevalecer.
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