segunda-feira, 5 de setembro de 2011

SEMANA DA PÁTRIA

Tornou-se tradicional na Semana da Pátria, em razão da proclamação da independência do Brasil, os alunos dos educandários, em alguns lugares professores e pais, desfilam, outros ainda marcham como militares, tambores, o povo nas calçadas, o palanque das autoridades, uma tradição mantida por 189 anos, mas a pergunta a ser feita é: O quê e como homenagear a Pátria? A história registra que o Brasil para ter sua independência reconhecida, no ano de 1.825 fez um empréstimo de 2 milhões de libras esterlinas com a Inglaterra, com o objetivo de indenizar Portugal por ter nos tornado independente. (Como se as riquezas exploradas daqui não fossem suficientes como pagamento). Isto significa que a nossa Independência foi patrocinada pela Inglaterra e crismada pela dívida externa, marco inicial de outra dependência. Com a evolução da dívida externa, o Brasil se transformou em colônia do capitalismo, quase perdendo sua soberania para a ALCA – Área Livre do Comércio das Américas e o Fundo Monetário Internacional, que até recentemente, ditavam as regras para o governo brasileiro. Continuamos ainda dependentes do capitalismo financeiro internacional que controla o Banco Central e por sua vez, a política monetária, elevando a dívida pública interna em níveis que comprometem o orçamento público federal, concentrando a riqueza especulativa nas mãos dos banqueiros, por outro lado, temos muito a comemorar nesta semana devotada à Pátria. O Brasil hoje caminha para a 5ª economia mundial, possui reservas cambiais suficientes para honrar seus compromissos externos, tem uma economia interna forte, descobriu o pré-Sal, investiu no social, melhorou a renda e gerou milhares de empregos nos últimos anos. Que a Semana da Pátria seja marcada por um sentimento forte de brasileiridade, civismo e patriotismo, para refletirmos sobre a realidade brasileira, e para nossos educadores mostrarem aos educandos, a verdadeira história deste país, sem mentiras, despertando a consciência política, livre das ideologias econômicas, culturais e religiosas que persistem em escravizar o povo brasileiro. Já dizia um filósofo que: “O primeiro passo para um escravo libertar-se, é ele tomar consciência de que é escravo”. Neste sentido, temos que resgatar os ideais de nossos antepassados para a comemoração ser completa, e ousar, inclusive mudando a forma de comemorar, substituindo os ritmos militares por desfiles cívicos, estimulando a liberdade de expressão, com objetivo de despertar a consciência política, para nos libertarmos das amarras do mercado financeiro internacional, da corrupção endêmica, da intolerância e demais vícios que comprometem a nossa República. Daí teremos uma Independência completa!

Aldo Dolberth

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