sábado, 8 de maio de 2010

E VIVA A EXPOCENTRO!!!

EXPOCENTRO – Está na hora de revisar!



Ao completar sua vigésima edição, a festa do município de Curitibanos, já está na hora de fazer uma revisão dos seus objetivos e definir a sua identidade. O repeteco das últimas edições está desmotivando a participação da população, que espera por novidades e atrativos. Se observarmos o Carnaval que acontece todos os anos, o que fazem os carnavalescos? Mudam o samba enredo, as fantasias, a coreografia, os carros alegóricos, as sambistas, etc. Embora a passarela seja a mesma, fazem do desfile, uma atração diferente, despertando curiosidades e interesse do público. Atualmente, pelo que a administração vem apresentando nas últimas edições da Expocentro, é difícil afirmar qual o objetivo e a identidade da festa, o que se pode afirmar com certeza, é que esta festa, não é para trazer dinheiro para o município, pelo contrário, é a festa dos empresários de fora, que vem todo ano fazer aqui a sua safra, por conta dos curitibanenses, que arcam com um valor aproximado de R$ 800.000,00. Este é o custo da farra, a começar pelo gasto exagerado com a escolha da rainha e princesas. As oportunidades de negócios e exposição, na sua maioria, os beneficiados são de fora. São artistas, trabalhadores, a empresa promotora do evento, os expositores, as lancherias, o parquinho, todos vindos para a colheita, enquanto o comércio local deixa de faturar na segunda melhor data de vendas, que é o dia das mães, além da inadimplência que aumenta após a festa. É bom destacar que a Expocentro, nada tem haver com a feira do gado, esta realizada uma semana antes, e aconteceria sem a realização e contribuição da festa. Tirando os dias de entrada franca, cujas atrações deixam a desejar, os preços cobrados nos ingressos, estacionamentos, alimentação, diversões, arrebentam com o orçamento familiar, deixando de ser uma festa popular. Com raras exceções, as apresentações artísticas, nada contribuem para a cultura do povo, pelo contrário, deseducam. E se for para divulgar o município, com todo este orçamento, dá para fazer um trabalho midiático excepcional, sem precisar fazer a propaganda gratuita para os artistas que irão se apresentar. Os únicos que ouço falarem bem da festa são os organizadores e os donos de imprensa que também encontram ali, a oportunidade da colheita farta. É chegado o momento de repensar esta festa, afinal, são os contribuintes, tão sacrificados com a carga tributária, que esperam ver seu dinheiro melhor gerido e com responsabilidade. Temos uma história rica como: o tropeirismo; os movimentos tradicionalistas; o Contestado; farroupilhas; federalistas; as culturas étnicas, alemã, japonesa, cabocla, italiana, portuguesa; o resgate de valores; símbolos e a tradição coletivo-histórica; proporcionando espaços para a criança, o adolescente, a juventude, aos idosos, a valorização da família; a localização geográfica; enfim, um ambiente rico para explorar melhorias para nossa festa, basta criatividade e vontade política para definir a identidade da festa, e ao mesmo tempo, colocar como objetivo, uma oportunidade para desenvolver a economia local e regional, transformando o evento, numa oportunidade de bons negócios para os que sobrevivem da economia daqui. Também, aproveitar a semana da festa, para concentrar na cidade a realização de diversos eventos fora do parque, durante o dia, como: Seminários, concursos, encontros religiosos, Convenções de Clubes, etc. para que nossos restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, enfim, o comércio e todos os curitibanenses também possam participar da colheita.


Aldo Dolberth

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